terça-feira, 24 de abril de 2007

Nos convém fechar os olhos?


Durante longo e gostoso trabalho solicitado pela disciplina de literatura no qual deveríamos mostrar a real situação da educação no Brasil admito tal confusão em minha mente.
Sem dúvida nenhuma aqueles que não se agradam pela hipocrisia concordariam comigo: “O ensino não é igualitário”, chega a ser apavorante a desigualdade entre escolas públicas e privadas de um modo geral, são pouquíssimas escolas estaduais que fogem da triste má qualidade de ensino, assim como são raras as escolas particulares que se dão ao luxo de serem “meia boca”.

Não são poucos os fatores que nos obrigam a enxergar ambas as situações com olhos distintos, Apesar de que o Brasil já gasta uma porção alta do orçamento em educação (mais ou menos 5,5% do PIB), isso em termos absolutos ainda é pouco, logo temos em mente a estrutura física.

Visitamos escolas do estado com problemas desde desaparecimentos de bebedouros até corredores denominados “da morte”, rígidos métodos de avaliação são desadotados por grande índice de reprovação e quanto aos educadores, é inevitável uma mudança, obviamente ele vai trabalhar baseado no seu espaço e nos seus educandos.

Mas tudo isso é fichinha, é simplesmente nada perto de uma séria questão: aquelas escolas estaduais que tem, de fato, uma seleção na hora da “escolha” dos alunos são as com menos aspectos negativos, além de que o perfil da comunidade em torno dela caracteriza seus índices diários.

Então, chego a uma conclusão mais que obvia: a responsabilidade educacional que muitos depositam em um colégio não são nem nunca serão supridas por um centro de educação cujas crianças entram com em média sete anos de idade porque em 90% dos casos é tarde de mais.

O problema é que às vezes as crianças acabam sendo depositadas em creches. Se alguns professores da educação básica não têm uma formação adequada, alguns da pré-escola muito menos. E o trabalho pedagógico com crianças de quatro a seis anos é muito mais difícil, exige uma formação mais especializada. O que se vê são professores que acabam ficando como babás, o que pode ser útil ao permitir que os pais trabalhem, mas do ponto de vista pedagógico não sentido.

Não estaremos sendo nem um pouco exagerados se acreditarmos estar em uma rua sem saída.

Nenhum comentário: