terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Sempre achei que não gostava de mudanças, mas de uns tempos pra cá tudo indica que ou eu estava errada ou eu mudei, quando tinha uns dez ou onze anos de idade e, diga-se de passagem, era uma bolinha de gorda, sempre tinha “trecos” quando anoitecia, sei lá o que era, mas ficava muito mal, varias vezes pensei até que era a hora de intervalo do meu anjo da guarda e sua falta me deixava triste, mas a doutora Ana (minha homeopata) tinha uma explicação bem menos emocionante para esse “fenômeno”, depois de me ouvir falar bastante (coitada) ficava uma hora tentando me convencer de que aquilo era normal, que eu estava passando por mudanças hormonais e “biriri, bororo...”, enfim queria que eu deixasse de ser tosca e aceitasse que eu também poderia passar por sensações desagradáveis (confesso que não admitia um dia mais ou menos) e depois da introdução de auto-ajuda ia à sua conclusão, foi quando eu ouvi: “Bárbara, tu não gosta de mudanças, quer uma mudança diária maior que a passagem do dia para a noite?!”

Tudo bem, afinal, quem sou eu para julgá-la? Ouvia, aceitava, talvez ela estivesse certa mesmo, e após essas funções de “convencimento” mensal com seu óculos na ponta do nariz, seus cachos bem domados, sentada em sua poltrona linda e exótica como todo seu consultório e seus adornos, abria seu livrão e me receitava o remédio para a ansiedade do mês, partíamos da rua da República para a João Pessoa, comprávamos na Quirom o tal “remédio milagroso” e meus problemas estavam quitados por um mês (como até hoje acontece, total dependente!).

Mas agora, a cada dia que passa parece que fico mais instigada para ter dias diferentes e uma vida cheia de mudanças e aventuras, acho tão legal aquelas noites nas quais eu durmo planejando o amanhã e quando acordo tudo acontece completamente diferente.

Hoje, por exemplo, foi um dia desses, ontem à noite combinei que minha mãe me acordaria quando saísse, combinei com a vó de ir à Ipiranga comprar meu ropeiro novo, com a Gabi que de lá iria encontrá-la na tia dela, depois voltaríamos com a vó dela de táxi, elas iriam me trazer em casa e mais todos os detalhes imagináveis e inimagináveis.

Agora, por favor, se não for incomodo, me pergunte como foi meu dia!
Ok, eu respondo! Acordei com minha mãe dizendo: “Fala coma tua vó, é melhor vocês não irem hoje, pra que sair essa hora com essa chuva?!” (ameeei saber que estava chovendo), tudo bem, continuei dormindo, de repente acordei no susto, lembrei que não avisei a Gabi que não iria, um segundo depois meu celular toca, era ela: “Babi? Tu não foi na tia Ione né? É que como estava chovendo resolvi não ir, continue dormindo e acordei no susto, lembrei que não havia te avisado” (qualquer semelhança nessa última fala com alguma outra do post não é mera coincidência, pontos para a nossa telepatia! Hohoho)

Logo após o almoço chega a vó e me convida para ir ao shopping, lógico que aceitei o convite, lá estava super legal, comprei presentes para meus papitos e três blusas liiindas (disfarcem minha futilidade)!

Então, não querendo abusar, mas já abusando, me façam outra pergunta, Eu fiquei frustrada porque o dia foi diferente do que eu imaginava?
E eu pacientemente, respondo novamente: Não, nem um pouco, creio que se fosse como o programado não teria sido tão legal! Ô doutora burra! (por que será que continuo indo lá né?! Ah, que gente hipócrita!)